Fatores de Risco
|
O que é a Missão Pijama? |
As perturbações causadas pelo autismo caracterizam-se pela presença de um desenvolvimento acentuadamente atípico na interação social e na comunicação, por um conjunto de atividades e interesses marcadamente restritos, por dificuldades de flexibilidade de pensamento e de comportamento, que se exibem em comportamentos estereotipados e rígidos, associados a dificuldades na aceitação de alterações de rotinas.
A dificuldade em comunicar que as crianças apresentam, leva a dificuldades de socialização, pelo que é importante proporcionar às crianças com esta perturbação ambientes de interação, pois, grande parte delas, à medida que interage com os seus pares adquire e/ou melhora as competências sociais.
Na grande maioria das vezes, este conjunto de características conduz a um isolamento contínuo da criança e da sua família.
Contudo, a inclusão escolar bem-sucedida pode facultar a estas crianças oportunidades de convivência com outras da mesma faixa etária, assumindo-se a escola, num espaço de aprendizagem e de desenvolvimento de competências pessoais e sociais. É no contexto das relações sociais que emergem a linguagem, o desenvolvimento cognitivo, o autoconhecimento e o conhecimento do outro.
“É hoje geralmente aceite que as perturbações incluídas no espectro do autismo, Perturbações Globais do Desenvolvimento nos sistemas de classificação correntes internacionais, são perturbações neuropsiquiátricas que apresentam uma grande variedade de expressões clínicas e resultam de disfunções do desenvolvimento do sistema nervoso central multifatoriais” (www.autismeurope.org).
As Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) incluem-se nas perturbações globais do desenvolvimento, consistem numa desordem grave do neuro-desenvolvimento e do desenvolvimento social, manifestando-se através de dificuldades muito específicas, e por vezes muito graves, da comunicação e da interação social, associadas a dificuldades em utilizar o pensamento abstrato, em aceitar alterações de rotinas que se traduzem na exibição de comportamentos estereotipados e de interesses restritos.
O Decreto-Lei n.º 3/2008 define os princípios, a organização e os apoios especializados a prestar aos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) de caráter prolongado e permanente, envolvendo a adaptação de estratégias educativas, de recursos e da criação de unidades específicas, numa linha de mudança não só de medidas para os alunos envolvidos mas também na reestruturação do contexto escolar, tornando-o inclusivo.
Esta legislação confere à Escola um papel determinante. A Escola passa a desempenhar um conjunto de papéis que deverá ser de qualidade, democrática e inclusiva, com vista ao sucesso educativo das crianças, devendo ter capacidade de resposta face à diversidade dos alunos que acompanha.
A forma como a resposta educativa em Portugal está organizada, em Agrupamentos Escolares permite incluir diferentes níveis de ensino cuja gestão é comum o que permite uma maior racionalização dos recursos educacionais nomeadamente ao nível dos serviços de Educação Especial.
O trabalho em rede e com troca de sinergias permite rentabilizar os recursos, otimizar a organização e gestão escolar, tendo efeitos positivos na área pedagógica proporcionando um acompanhamento efetivo dos alunos ao longo da escolaridade, facilita as transições entre ciclos de escolaridade e permite organizar antecipadamente o ano Escolar, os apoios e os recursos. Existe também uma maior estabilidade do corpo docente através da colocação dos professores num quadro de Agrupamento e não por Escola.
Por Sofia Basto (Dir. Pedagógica de Aprender sem Limites)
Uma investigadora do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA) descobriu algumas fórmulas simples que, ao serem usadas na sala de aula, podem ajudar os alunos com mais dificuldades a aprender a ler e escrever.
A docente universitária Ana Cristina Silva coordenou três investigações com alunos, com dificuldades económico-sociais, que frequentavam o primeiro, segundo e quarto anos de escolaridade.
"A aprendizagem é um processo complexo e temos muitas crianças que enfrentam o insucesso escolar logo no primeiro ciclo. Não nos podemos esquecer que existem crianças que não são acompanhadas em casa pela família e que vão ficando para trás. No entanto, desenvolvemos três estudos de intervenção cientificamente fundamentados que podem prevenir as dificuldades de aprendizagem que vão surgindo", contou à Lusa a professora.
Uma das investigações centrou-se num grupo de meninos, sinalizados como tendo falhas na aprendizagem, a quem foi pedido que descobrissem sozinhos algumas regras ortográficas através da apresentação de grupos de palavras.
Por princípio, num sistema de escrita de base alfabética cada letra deveria representar um som. No entanto, no português, essa regularidade encontra-se poucas vezes. Por exemplo, as letras "m" e do "n" podem ler-se da mesma maneira (como em "campo" e "canto") e para quem está a aprender esta pode ser uma regra difícil de perceber.
Os investigadores davam às crianças grupos de palavras e pediam-lhes que descobrissem as parecenças. No final, quando comparado o grupo a quem era exigido que descobrissem as regras com o grupo a quem simplesmente eram ensinadas as normas, percebeu-se que os primeiros estavam mais aptos a escrever e "davam muito menos erros", revelou Ana Cristina Silva.
Com os alunos do quarto ano, a equipa de investigadores de ISPA tentou perceber se havia alguma forma de conseguir com um método simples que eles conseguissem melhorar a escrita, nomeadamente as suas composições.
Assim, a um dos grupos foi entregue várias grelhas com regras que as crianças tinham que seguir quando realizavam os trabalhos enquanto um outro grupo mantinha o ensino normal. No final, Ana Cristina Silva diz que os meninos que tinham o apoio das grelhas escreviam muito melhor e conseguiam, durante a revisão do trabalho, corrigir algumas das suas próprias falhas.
"Estes são métodos de ensino sem custos para as escolas e que iriam permitir que as crianças com mais dificuldade conseguissem ter melhores resultados, mas a verdade é que não são aplicados nas escolas", lamentou a doutorada em Psicologia da Educação.
A docente universitária criticou ainda alguns projetos do Ministério da Educação, como o aumento de alunos por sala de aula, que considera perigoso, uma vez que poderá agravar a qualidade do ensino dos meninos com mais dificuldades, já que "os professores passam a ter ainda mais dificuldade de os conseguir acompanhar".
Os projetos da investigadora são apresentados hoje no ISPA durante a conferência "É possível aprender a ler e a escrever com sucesso".
Fonte: Diário de Notícias
1. Percebem que , em última análise, não irá contar o quanto seus alunos aprenderam , mas o quanto acumularam conhecimento e habilidades que possam ser usadas por toda a vida;
2. Despertam o potencial infantil ao invés de reprimi-lo; elogiam o esforço de cada aluno ao invés de ignorá-lo, estimulam ao invés de encobrir a curiosidade da criança;
3. Percebem que eles devem respeitar seus alunos, sem impor seus valores pessoais, pois cada um precisa explorar e estabelecer seus valores próprios;
4. Ajudam os alunos a descobrir seus dons, porém esses talentos “escondidos” podem ser facilmente dominados se o principal enfoque estiver no texto ou na avaliação, e não na criança;
5. Disponibilizam seu tempo espontaneamente e lembram-se de encorajar aqueles que têm mais dificuldades;
6. Corrigem os erros do aluno e elevam sua autoestima ao mesmo tempo;
7. Motivam mentes jovens a pensar por eles mesmos , muito mais do que se preocupam com fatos que exijam memorização;
8. Percebem que o maior de todos os presentes que eles podem oferecer a seus alunos não é seu talento pessoal ou sua esperteza, mas ajudar cada a um a descobrir e a se apropriar de sua própria esperteza e talento;
9. Encorajam mentes a pensar, mãos a criar e corações a amar – professores que exigem muito e que recebem muito;
10. Nunca se empenham em explicar sua visão pessoal de mundo, mas simplesmente convidam seus alunos a ficarem ao seu lado para que eles possam ver o mundo por eles mesmos;
11. Minimizam as deficiências de seus alunos e realçam seu dom natural. Tais professores nunca forçam um dançarino a cantar nem um cantor a dançar. Eles permitem com que seus alunos acendam sua própria “lâmpada” no momento e da maneira deles;
12. Acreditam que a comunicação em sala de aula não melhora se falada em voz muito alta;
13. Acreditam que exemplo não é uma ferramenta de influências para impressionar mentes jovens, e sim a chave para moldar atitudes positivas, valores e hábitos de estudo para os alunos;
14. Recordam os seus alunos que ganhar não é tudo na vida, mas ir em busca de seus ideais sim;
15. Sabem que o presente mais valioso do mundo não é dinheiro nem livros, mas ter uma vida nobre;
16. Não acham que eles têm que estar com os seus alunos, eles querem estar com eles.
17. Ensinar não é uma profissão, mas uma escolha que optaram em consideração ao próximo;
18. Concordam com Eleanor Roosevelt que disse, “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos”;
19. Percebem que na vida de cada aluno existe um espaço esperando ser preenchido pelo professor, que pode comunicar auto confiança, criação de talentos que não foram descobertos e incentivo às atitudes na vida para o seu crescimento;
20. Inspiram bons sentimentos nas crianças e na juventude, pois sabem que eles nunca irão conseguir medir o quanto influenciaram na vida de uma criança;
21. Acreditam que algum dia seus alunos irão perceber que eu estou lá para ajudá-los a alcançar seus objetivos ou a completar suas tarefas, a melhorar sua autoimagem e que existem algumas fronteiras que eles não podem alcançar;
22. Acreditam no credo: “ensine aquilo que a sua consciência achar certo; ensine aquilo que a sua razão disser que é o melhor; ensine com toda o seu espírito e poder; faça o seu dever e seja abençoado”;
23. Acreditam que aprender, fazer e ensinar acontecem quase que ao mesmo momento na vida -elas ocorrem normalmente simultaneamente. A criança que estamos ensinando a ler e a escrever está, ao mesmo tempo, nos ensinando sobre a inocência e a maravilha;
24. Tentam garantir a cada criança oportunidades iguais – não se tornar “igual” mas “diferente”, compreender todo potencial do corpo, mente e espírito que ele ou ela possui;
25. Optam por alternativas positivas em estabelecer disciplina em sala de aula, ao invés de depender unicamente das formas diversas de punição;
26. Encorajam e afirmam para a criança não aquilo que ela é, mas aquilo que ela virá a ser;
27. Estão sensíveis por saber o quanto suas palavras e ações podem afetar seus alunos positiva ou negativamente;
28. Acreditam que um relacionamento positivo entre aluno e professor se origina através do respeito;
29. Suscitam atitudes positivas em sala de aula e criam uma corrente contínua de pensamentos e ideias positivas;
30. São entusiastas, enérgicos e eternamente otimistas em relação à potencialidade de seus alunos;
31. Concordam com o pensamento de Grayson Kirk’s que diz: “A função mais importante da educação, em qualquer grau, é desenvolver a personalidade do indivíduo e o significado de sua vida para ele mesmo e para os outros”.
Por Dr. Anthony P. Witham
Autor
Aprender sem Limites
Categorias
Todos
Atualidade
Educação
NEE
Sabias Que...
Solidariedade
Arquivos
Setembro 2018
Janeiro 2017
Setembro 2016
Julho 2016
Junho 2016
Maio 2016
Abril 2016
Março 2016
Fevereiro 2016
Janeiro 2016
Dezembro 2015
Novembro 2015
Outubro 2015